Queridos (as) amigos (as):
É muito bom continuarmos nossa meditação sobre os grandes personagens da humanidade. Com o desejo de oferecer algo útil para sua vida, nesta semana nos propomos conhecer um pouco sobre Santo Afrates. Praticamente desconhecido nos dias de hoje, ele viveu no século IV e recebeu o título de sábio, devido sua capacidade de meditar e viver os ensinamentos da Palavra de Deus [1].
Para começo de conversa, como sabemos, a Igreja teve suas primeiras atividades na Palestina (Ásia) e rapidamente se espalhou pelo mundo, especialmente pela Europa. Apesar deste avanço territorial, os cristãos continuaram suas atividades, na terra de Jesus, por meio de vários e respeitáveis monges. Afrates foi um deles. A melhor pessoa que o define é o próprio santo, que afirma ser um discípulo da Sagrada Escritura. Entre os seus valores, merece destaque a defesa da unidade entre a oração e o testemunho cristão [2].
É ele quem diz: “Dá alívio aos oprimidos, visita os doentes, sê solícito para com os pobres: esta é a oração. A oração é boa, e as suas obras são belas. A oração é aceite quando dá alívio ao próximo. A oração é ouvida quando nela se encontra também o perdão das ofensas. A oração é forte quando está repleta da força de Deus” [3].
Isso diz muito para nossa vida. Primeiro porque não devemos nos iludir que faremos boas obras sem o auxílio da graça divina. O ser humano não é autorreferido. Logo, tudo que ele tem de bom tem origem no seu Criador. A bondade humana sempre será fruto da bondade transcendente que o tocou. Para participarmos desta Bondade, a oração é um caminho certeiro. Quem reza acerta o alvo! Ainda mais, “o orante jamais está totalmente só” [4]. No momento que este encontro acontece, o amor ao próximo será uma consequência natural. Contudo, caso ele não aconteça, a oração, segundo santo Afrates, foi uma falsidade.
Desejo que façamos como os santos. Rezemos bem e viveremos intensamente, no cotidiano da nossa vida, a profundidade gerada pela amizade com Deus. Somente assim o ordinário da nossa vida tocará o Extraordinário que não nos deixa entrar na mesmice. Termino citando um grande amigo: experimente rezar um pouco mais e verá como ficará sua vida [5]. Complemento dizendo: fazendo isso corretamente, amaremos muito mais, sem deixar a verdade e sem exigir retribuições.
Estamos juntos! Abraço e até breve.
Notas:
[1] BENTO XVI. Os Padres da Igreja: de Clemente de Roma a Santo Agostinho. São Paulo: Pensamento, 2010, p. 142-143.
[2] Ibid, p. 143-145.
[3] Ibid, p. 144-145.
[4] _____. Encíclica Spes Salvi. 3ª ed.. São Paulo: Paulinas, 2008, p. 50.
[5] DIÁCONO JÚLIO CÉSAR FERREIRA. Experimente rezar um pouco mais. Disponível em: https://communioscj.wordpress.com/2011/05/24/%e2%80%9cexperimente-rezar-um-pouco-mais%e2%80%9d-por-diacono-julio-ferreira-scj/