Caros irmãos, na liturgia deste quinto domingo da Páscoa, Jesus, no contexto da última ceia, se apresenta como a videira verdadeira da qual somos os ramos (cf. Jo 15,1-8). Que o Espírito Santo nos conduza cada dia a uma união mais plena com Deus em Jesus Cristo, nosso Senhor.

Disse Jesus: “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permaneceu em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). De fato, o fruto que o Senhor espera de nós é a caridade (cf. 1Jo 3,18 – primeira leitura). Porém, é impossível que produzamos esse fruto sem estar em contato com a Videira. Assim, então, se manifesta o que é fundamentalmente a vida cristã: comunhão com Cristo. Não adianta, portanto, querer transformar-se sem estar em contato com Aquele que é – e nos dá – a Vida nova.

Assim, precisamos, antes de tudo, nos dedicar à vida de oração íntima com Deus, ou seja, precisamos exercitar a nossa fé para viver na amizade com Deus. Isso significa que, se estamos em pecado, precisamos nos arrepender e nos confessar para, então, receber digna e frutuosamente a Eucaristia, dedicando-nos a estar com o Senhor em íntima companhia. Isso se desdobra em momentos de oração pessoal nos quais falamos a Deus como a um amigo. Esses momentos se nutrem ainda com as devoções que cultivamos no dia-a-dia, em particular à bem-aventurada Virgem Maria, nosso santo anjo da guarda e os santos. Inclinemos, portanto, nosso coração a Deus, recebamos dele a Vida, suportemos Suas podas com paciência para, então, dar frutos de santidade.

Pai santo, envia-nos o Espírito Santo para que cresça sempre mais nossa comunhão com Teu Filho, Jesus Cristo. Maria, Mãe da Igreja, dá-nos um coração dócil a Deus. S. José, ensina-nos a intimidade com Jesus.

Regina Cæli, lætare, alleluia;
Quia quem meruisti portare, alleluia;
Resurrexit, sicut dixit, alleluia;
Ora pro nobis Deum, alleluia.
Gaude et lætare, Virgo Maria, alleluia;
Quia surrexit Dominus vere, alleluia!