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DA NARRATIVA AUTOBIOGRÁFICA DE SANTO INÁCIO

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DA NARRATIVA AUTOBIOGRÁFICA DE SANTO INÁCIO, RECOLHIDA DE VIVA VOZ PELO PADRE LUÍS GONÇALVES DA CÂMARA.

Inácio gostava muito de ler livros mundanos e romances que narravam supostos feitos heroicos de homens ilustres. Assim que se sentiu melhor, pediu que lhe dessem alguns deles, para passar o tempo. Mas não se tendo encontrado naquela casa nenhum livro deste gênero, deram-lhe um que tinha por título A vida de Cristo e outro chamado Florilégio dos Santos, ambos escritos na língua pátria.

Com a leitura frequente desses livros, nasceu-lhe um certo gosto pelos fatos que eles narravam. Mas, quando deixava de lado essas leituras, entregava seu espírito a 33-02_A1lembranças do que lera outrora; por vezes ficava absorto nas coisas do mundo, em que antes costumava pensar.

Em meio a tudo isto, estava a divina providência que, através dessas novas leituras, ia dissipando os outros pensamentos. Assim, ao ler a vida de Cristo nosso Senhor e dos santos, punha-se a pensar e a dizer consigo próprio: “E se eu fizesse o mesmo que fez São Francisco e o que fez São Domingos?” E refletia longamente em coisas como estas. Mas sobrevinham-lhe depois outros pensamentos vazios e mundanos, como acima se falou, que também se prolongavam por muito tempo. Permaneceu nesta alternância de pensamentos durante um tempo bastante longo.

Contudo, nestas considerações, havia uma diferença: quando se entretinha nos pensamentos mundanos, sentia imenso prazer; mas, ao deixá-los por cansaço, ficava triste e árido de espírito. Ao contrário, quando pensava em seguir os rigores praticados pelos santos, não apenas se enchia de satisfação, enquanto os revolvia no pensamento, mas também ficava alegre depois de os deixar.

No entanto, ele não percebia nem avaliava esta diferença, até o dia em que se lhe abriram os olhos da alma, e começou a admirar-se desta referida diferença. Compreendeu por experiência própria que um gênero de pensamentos lhe trazia tristeza, e o outro, alegria. Foi esta a primeira conclusão que tirou das coisas divinas. Mais tarde, quando fez os Exercícios Espirituais, começou tomando por base esta experiência, para compreender o que ensinou sobre o discernimento dos espíritos.

 

2018.07.31 #Θεωσι A OPÇÃO É SUA

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XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B (Pe. Lucas, scj)

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Caros irmãos, na celebração da Santa Missa neste décimo sétimo domingo do Tempo Comum, começaremos a rezar com o capítulo sexto do Evangelho de São João. Neste primeiro momento, temos o conhecido texto da multiplicação dos pães (cf. Jo 6,1-15), onde o Senhor mostra-se o Pastor digno de toda confiança e que, para tanto, nos pede a generosidade de nossa fé.

Depois de termos rezado com o Salmo 22 no domingo passado, a liturgia nos convida a fazermos concretamente esta experiência com o Senhor Jesus. Como quadro geral vemos temos a multidão que segue o Cristo, como o rebanho a seu pastor, e encontra nele o alimento necessário para a sua vida. Em particular, temos o modo como Jesus alimenta o mult paespovo que lhe segue: do pouco, faz muito. Ou seja, diante de uma grande necessidade, a fome da multidão, havia pouco recurso: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” (Jo 6,9), diz André. Porém, isso não impede que o Amor faça suas maravilhas.

Também nossa vida cristã é feita de grandes desafios para os quais temos recursos escassos e insuficientes. Aqui, podemos pensar em cada passo que leva à santidade ou cada virtude que nos atrai na vida dos santos de nossa devoção e que nós simplesmente não podemos construir pelas nossas próprias forças. A saída se encontra justamente em pôr confiantemente nas mãos do Senhor aquele insuficiente que temos para que Ele realize a sua obra (cf. Jo 6,13).

Um caso concreto é, evidentemente aquele que temos diante de nossos olhos nesses tristes dias em que vivemos. Pois devemos nos lembrar do risco que sofre o nosso país de que, através do ativismo judicial do STF (implementando uma verdadeira ditadura), está por aprovar, como direito fundamental, o assassinato de bebês nos ventres de suas mães (leia-se: aborto). Diante dessa gigantesca ameaça, o que nós podemos fazer parece (e é) muito pouco. Mas devemos pôr este pouco nas mãos do Senhor e certamente não seremos desamparados. Vale perguntar: e se o menino tivesse se negado a dar os cinco pães e os dois peixes?

Que a Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, nossa Mãe, interceda por nós, pelo Brasil, pelas nossas crianças – nascidas ou não – e nos livre do mal de ver um assassinato disfarçar-se de direito.

 

NÃO DEIXE DE LER TAMBÉM:

Comissão para Vida e a Família da CNBB mobiliza cristãos na luta contra a legalização do aborto:

http://www.cnbb.org.br/comissao-para-vida-e-a-familia-da-cnbb-mobiliza-cristao-na-luta-contra-a-legalizacao-do-aborto/

Nascituro

DAS HOMILIAS SOBRE MATEUS, DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, BISPO

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Os filhos de Zebedeu pedem a Cristo: Deixa-nos sentar um à tua direita e outro, à tua esquerda (Mc 10,37). Que resposta lhes dá o Senhor? Para mostrar que no seu pedido nada havia de espiritual, e se soubessem o que pediam não teriam ousado fazê-lo, diz: Não sabeis o que estais pedindo (Mt 20,22), isto é, não sabeis como é grande, admirável e superior aos próprios poderes celestes aquilo que pedis. Depois acrescenta: Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? (Mt 20,22). É como se lhes dissesse: “Vós me falais de honras e de coroas; eu, porém, de combates e de suores. Não é este o tempo das 250px-Saint_James_the_Justrecompensas, nem é agora que minha glória há de se manifestar. Mas a vida presente é de morte violenta, de guerra e de perigos”.

Reparai como o Senhor os atrai e exorta, pelo modo de interrogar. Não perguntou: “Podeis suportar os suplícios? podeis derramar vosso sangue? Mas indagou: Por acaso podeis beber o cálice? E para os estimular, ainda acrescentou: que eu vou beber? Assim falava para que, em união com ele, se tornassem mais decididos. Chama sua paixão de batismo, para dar a entender que os sofrimentos haviam de trazer uma grande purificação para o mundo inteiro. Então os dois discípulos lhe disseram: Podemos (Mt 20,22). Prometem imediatamente, cheios de fervor, sem perceber o alcance do que dizem, mas com a esperança de obter o que pediam.

Que afirma o Senhor? De fato, vós bebereis do meu cálice (Mt 20,23), e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado (Mc 10,39). Grandes são os bens que lhes anuncia, a saber: “Sereis dignos de receber o martírio e sofrereis comigo; terminareis a vida com morte violenta e assim participareis da minha paixão”. Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou (Mt 20,23). Somente depois de lhes ter levantado os ânimos e de tê-los tornado capazes de superar a tristeza é que corrigiu o pedido que fizeram.

Então os outros dez discípulos ficaram irritados contra os dois irmãos (Mt 20,24). Vedes como todos eles eram imperfeitos, tanto os que tentavam ficar acima dos outros, como os dez que tinham inveja dos dois? Mas, como já tive ocasião de dizer, observai-os mais tarde e vereis como estão livres de todos esses sentimentos. Prestai atenção como o mesmo apóstolo João, que se adianta agora por este motivo, cederá sempre o primeiro lugar a Pedro, quer para usar da palavra, quer para fazer milagres, conforme se lê nos Atos dos Apóstolos. Tiago, porém, não viveu muito mais tempo. Desde o princípio, pondo de parte toda aspiração humana, elevou-se a tão grande santidade que bem depressa recebeu a coroa do martírio.

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B (Pe. Lucas, scj)

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Caros irmãos, celebrando o décimo sexto domingo do Tempo Comum temos a oportunidade de meditar sobre a principal miséria que se pode abater sobre a nossa vida: a falta de sentido. Para tanto, temos o trecho do evangelho segundo S. Marcos no qual o Senhor recebe os apóstolos enviados depois da missão e os convida para um descanso que se torna impossível pela procura das pessoas (cf. Mc 6,30-34).

Diz o texto: “Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como Great-Commissionovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas” (Jo 6,34). Diante de todas as necessidades que temos – e Deus, nosso Pai amoroso, atento e cuidadoso as conhece todas – existe uma que é fundamental: descobrir o sentido da vida. Pois, sem isso, não temos condições de superar nenhuma outra dificuldade, nem mesmo as aparentemente mais banais. Por isso, diante da multidão que busca o Senhor e seus discípulos, a primeira coisa que o Cristo faz é ensinar.

Também nós, meus irmãos, nos aproximamos do Senhor com diversas necessidades (e, às vezes, só nos momentos de graves indigências) pedindo que Ele nos socorra. Mas nos conhecendo profundamente (e mais do que nós mesmos nos conhecemos) Jesus sabe o que é mais importante para nós e, por isso, sempre nos socorre naquilo que é mais fundamental e não simplesmente no que desejamos ou pedimos. Assim, devemos nos aproximar sempre do Senhor com humildade e confiança certos de que não sairemos de mãos vazias, pois não seremos os mesmos.

E, se assim, nos entregamos confiantemente nas mãos do Senhor, nosso Deus, primeiro sentiremos a sua guia nesta vida: Ele mesmo é a meta e o caminho. Mas não só: contamos com sua defesa nos momentos de dificuldade (que sempre existirão). Depois, e isso pode ser a mais alegre surpresa, descobrimos que Ele nos quer seus amigos e nos acolhe em sua casa para nos dar a felicidade sem fim (Sl 22).

Que a Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, nossa Mãe, interceda por nós e nos cubra com seu manto sempre que não compreendemos a ação do Senhor, nosso Deus, em nossas vidas.

O AVANÇO DA ESTRATÉGIA ABORTISTA NO BRASIL

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Estamos diante de uma batalha pela vida no Brasil. Por isso, gostaríamos, em primeiro lugar, que todos assistissem o vídeo abaixo

 

Depois, por favor, pegue seu telefone e ligue para o presidente da Câmara e os deputados líderes de seus partidos pedindo a urgente tramitação e aprovação sem mudanças substanciais do PL 4754/2016 (http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2079700).

Escreva também, se possível, e-mails para os deputados:

PRESIDENTE DA CÂMARA – RODRIGO MAIA

(61) 32158015 / 32156016 / 32158017
dep.rodrigomaia@camara.leg.br
presidenciacd@agendaleg.com.br
=======================================
GOVERNO – LIDERANÇA DA GOVERNO
AGUINALDO RIBEIRO
(61) 3215-9001
lid.govcamara@camara.leg.br
===============================================
PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro
BALEIA ROSSI (61) 3215-9181 / (61) 3215-9180
lid.pmdb@camara.leg.br
===============================================
PSDB – Partido da Social Democracia Brasileira
NILSON LEITÃO (61) 3215-9345 / (61) 3215-9346
lid.psdb@camara.leg.br
===============================================
PP- Partido Progressista
ARTHUR LIRA (61) 3215-9426
lid.pp@camara.leg.br
===============================================
PSD – Partido Social Democrático
DOMINGOS NETO
(61) 3215-9060 / (61) 3215-9070
lid.psd@camara.leg.br
===============================================
PSB – Partido Socialista Brasileiro
Tadeu Alencar
(61) 3215-9650
lid.psb@camara.leg.br
===============================================
DEM – Democratas
RODRIGO GARCIA
(61) 3215-9265/9281
lid.dem@camara.leg.br
===============================================
PRB – Partido Republicano Brasileiro
CELSO RUSSOMANNO
(61) 3215-9880 / (61) 3215-9882/9884
lid.prb@camara.leg.br
===============================================
PODE – Podemos
RICARDO TEOBALDO
(61) 3215-8900 lid.ptn@camara.leg.br ===============================================
SD – Solidariedade
WLADIMIR COSTA
(61) 3215-9980, 3215- 9987
lid.solidariedade@camara.leg.br
===============================================
PSC – Partido Social Cristão
GILBERTO NASCIMENTO
(61) 3215-9762 / (61) 3215-9771/9761
lid.psc@camara.leg.br
===============================================
PR – Partido da República
JOSÉ ROCHA (61) 3215-9550
lid.pr@camara.leg.br
===============================================
PROS – Partido Republicano da Ordem Social
FELIPE BORNIER
(61) 3215-9990
lid.pros@camara.leg.br
===============================================
PSL – Partido Social Liberal
DELEGADO FRANCISCHINI
(61) 3215-5818
dep.alfredokaefer@camara.leg.br ===============================================
PTB – Partido Trabalhista Brasileiro
JOVAIR ARANTES
(61) 3215-9502/9503
lid.ptb@camara.leg.br

Contamos com a sua colaboração!

 

Para aprofundar a questão:

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B (Pe. Lucas, scj)

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Caros irmãos, é oportuno, ao celebrarmos o décimo quinto domingo do Tempo Comum, meditarmos sobre o chamado e o envio que o Senhor faz a cada um de nós. Faremos isso a partir do trecho do evangelho segundo S. Marcos no qual o Senhor Jesus envia os Doze em missão (cf. Mc 6,7-13). Aqui, podemos perceber que a realização da vocação à santidade se dá enquanto se evangeliza e não como um pré-requisito para poder evangelizar. E isso nos põe num movimento com caráter de urgência.

Pois o texto evangélico nos diz que “Jesus chamou os doze, e começou a enviá-los dois a PasqB6-wdois” (Mc 6,7). Mais uma vez, podemos destacar aqui a iniciativa de Deus que, em Jesus Cristo, convoca os apóstolos para os enviar. Isso nos mostra como a evangelização se dá num duplo movimento: aproximar-se do Senhor (primeiro e indispensável), respondendo ao seu chamado, para apresentá-lo aos demais.

Note-se, porém, que o envio é feito dois a dois não só porque o outro é um suporte para a missão, mas porque é um sinal da presença daquele que prometeu: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mt 18,20). Ou seja, a evangelização acontece por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Ora, é esta presença de Jesus em cada membro da comunidade de fé, que é a Igreja, que sustenta tanto para o movimento de transformação interior que culmina na santidade (cf. Ef 1,4 – primeira leitura), quanto a eficácia da ação evangelizadora. Assim, o ciclo se fecha: o Senhor, pela Graça do Espírito Santo, transforma nossos corações e nos impulsiona a comunicar Sua presença àqueles que convivem conosco em nossos gestos e nossas palavras. E, quanto mais o comunicamos, mais Ele tem espaço para agir livremente em nós, conduzindo-nos, portanto, à santidade. Esta, então, nos torna cada vez mais capazes de testemunhar eficazmente sua presença e ação salvífica, já que isso se percebe justamente nesta transformação interior.

Por isso, não é preciso ser primeiro santo para depois abrir a boca e falar de Deus. Mas, é preciso crer que Ele nos quer fazer santos – e nos fará – se nos entregarmos totalmente em Suas mãos. Além disso, como, ao termos nossa vida renovada em Jesus, não nos deixarmos interpelar pela urgência da evangelização, quando grande parte da humanidade vive a miséria da falta de sentido, como ovelhas sem pastor?

Que a Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, Mãe da Igreja, interceda por nós e por aqueles que através de nós poderão encontrar-se com seu divino Filho.

NADA ABSOLUTAMENTE PREFIRAM A CRISTO

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Da Regra de São Bento, abade

Antes de tudo, quando quiseres realizar algo de bom, pede a Deus com oração muito insistente que seja plenamente realizado por ele. Pois já tendo se dignado contar-nos entre o número de seus filhos, que ele nunca venha a entristecer-se por causa de nossas más ações. Assim, devemos em todo tempo pôr a seu serviço os bens que nos concedeu, para não acontecer que, como pai irado, venha a deserdar seus filhos; ou também, qual Senhor temível, irritado com os nossos pecados nos entregue ao castigo eterno, como péssimos servos que o não quiseram seguir para a glória.

Levantemo-nos, enfim, pois a Escritura nos desperta dizendo: Já é hora de levantarmos Icon of Saint Benedictdo sono (cf. Rm 13,11). Com os olhos abertos para a luz deífica e os ouvidos atentos, ouçamos a exortação que a voz divina nos dirige todos os dias: Oxalá, ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações (Sl 94,8); e ainda: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas (Ap 2,7).

E o que diz ele? Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor (Sl 33,12). Correi, enquanto tendes a luz da vida, para que as trevas não vos alcancem (cf. Jo 12,35).

Procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo ao qual dirige estas palavras, diz ainda: Qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias? (Sl 33,13). E se tu, ao ouvires este convite, responderes: Eu, dir-te-á Deus: Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, afasta a tua língua da maldade, e teus lábios, de palavras mentirosas. Evita o mal e faze o bem, procura a paz e vai com ela em seu caminho (Sl 33,14-15). E quando fizeres isto, então meus olhos estarão sobre ti e meus ouvidos atentos às tuas preces; e antes mesmo que me invoques, eu te direi: Eis-me aqui (Is 58,9).

Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor que nos convida? Vede como o Senhor, na sua bondade, nos mostra o caminho da vida!

Cingidos, pois, os nossos rins com a fé e a prática das boas ações, guiados pelo evangelho, trilhemos os seus caminhos, a fim de merecermos ver aqueleque nos chama a seu reino (cf. 1Ts 2,12). Se queremos habitar na tenda real do acampamento desse reino, é preciso correr pelo caminho das boas ações; de outra forma, nunca chegaremos lá.

Assim como há um zelo mau de amargura, que afasta de Deus e conduz ao inferno, assim também há um zelo bom, que separa dos vícios e conduz a Deus. É este zelo que os monges devem pôr em prática com amor ferventíssimo, isto é, antecipem-se uns aos outros em atenções recíprocas (cf. Rm 12,10). Tolerem pacientissimamente as suas fraquezas, físicas ou morais; rivalizem em prestar mútua obediência; ninguém procure o que julga útil para si, mas sobretudo o que o é para o outro; ponham em ação castamente a caridade fraterna; temam a Deus com amor; amem o seu abade com sincera e humilde caridade; nada absolutamente prefiram a Cristo; e que ele nos conduza todos juntos para a vida eterna.

Daily Gospel and Meditation by Fr Daniel Ribeiro, scj

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Monday of the Fourteenth Week in Ordinary Time.

Alleluia, alleluia.
Our Savior Jesus Christ has destroyed death
and brought life to light through the Gospel.
Alleluia, alleluia.

Gospel:  Matthew 9:18-26
“Take heart, your faith has made you well”

18 While he was thus speaking to them, behold, a ruler came in and knelt before him, saying, “My daughter has just died; but come and lay your  hand on her, and she will live.” 19 And Jesus rose and followed him, with his disciples. 20 And behold, a woman who had suffered from a hemorrhage for twelve years came up behind him and touched the fringe of his garment; 21 for she said to herself, “If I only touch his garment, I shall be made well.” 22 Jesus turned, and seeing her he said, “Take heart, daughter; your faith has made you well.” And instantly the woman was made well.  23 And when Jesus came to the ruler’s house, and saw the flute players, and the crowd making a tumult, 24 he said, “Depart; for the girl is not dead but sleeping.” And they laughed at him. 25 But when the crowd had been put outside, he went in and took her by the hand, and the girl arose.  26 And the report of this went through all that district.

Quote from the early church fathers:

Daughter, your faith has made you well, by John Chrysostom (347-407 AD)

“So what did Messiah do? He did not let her go unnoticed but led her into the center of attention and made her visible. He had many reasons for doing this. Some might imagine that ‘he did this merely for love of glory – otherwise why would he not allow her to remain concealed?’ But what are they proposing who might say this? That he should keep her silent, that he should ignore her need, and thereby pass up miracles too numerous to mention, all because he is in love with glory? What an unholy thought, inspired by the most unholy one of all.”

“What then is his intention in bringing her forward? First, Jesus puts an end to her fear. He does not want her to remain trapped in dread. He gives no cause for her conscience to be harmed, as if she had stolen the gift. Second, he corrects her assumption that she has no right to be seen. Third, he makes her faith an exhibit to all. He encourages the others to emulate her faith. Fourth, his subduing the fountains of her hemorrhage was another sign of his knowledge of all things. And finally, do you remember the ruler of the synagogue? He was at the point of despair, of utter ruin. Jesus is indirectly admonishing him by what he says to the woman.”
(excerpt from the  THE GOSPEL OF MATTHEW, HOMILY 31.2)

Prayer:
“Lord Jesus, you love each of us individually with a unique and personal love. Touch my life with your saving power, heal and restore me to fullness of life. Help me to give wholly of myself in loving service to others.”

 

XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B (Pe. Lucas, scj)

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Caros irmãos, celebrando o décimo quarto domingo do Tempo Comum, temos, para nossa oração, o trecho do evangelho segundo S. Marcos no qual o Senhor Jesus vai a Nazaré e não é bem recebido (cf. Mc 6,1-6). Este relato nos põe em contato com uma realidade dramática: o Cristo não foi recebido pelos seus (cf. Jo 1,11); e ao mesmo tempo frutuosa, se nos perguntarmos: o que precisamos para acolhê-lo?

Assim, mais uma vez, compreendemos porque a fé é imprescindível. Ao mesmo tempo, icone-sermao-da-montanhapercebemos nossa fraqueza: já que, sem o socorro da Graça é impossível ter fé, não será possível, pelos nossos próprios esforços, agradar a Deus (cf. Hb 11,6). Mais ainda: como não basta acreditar em qualquer coisa, mas é necessário crer em tudo o que crê e ensina a Santa Igreja católica, nossa geração tem ainda outra dificuldade: crer no mistério da Igreja [1].

Estamos, muitas vezes, abertos a acolher todo tipo de apelo à fé, exceto o de crer neste mistério do Corpo de Cristo que é a Igreja. E, visto que nosso olhar está (mal) educado a ver somente suas fraquezas, não conseguimos aceitar esta necessidade básica. Como pode o Senhor colocar Sua verdade numa estrutura tão frágil como a Igreja? Como poderemos aceitar que a fé esteja no mesmo lugar que tantos pecados? Continuamos, infelizmente, a impor nossos esquemas a Deus…

Porém, “é na fraqueza que a força se manifesta” (2Cor 12,9 – segunda leitura). Ou seja, se, por um lado, a humildade de reconhecer que precisamos do socorro da Graça nos conduz ao crescimento na fé; por outro, a fé na Igreja é possível se nos dispomos a crer que a força da Revelação se manifesta justamente numa realidade que a nossa fraqueza não é capaz de sustentar.

Que a Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, Mãe da Igreja, interceda por nós, a fim de que perseveremos sempre na fé da Igreja de 2000 anos.

 

[1] Catecismo da Igreja Católica, n. 748-972. (Creio na Santa Igreja Católica).

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