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TRIGÉSIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM (P. Lucas, scj)

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Caros irmãos, no trigésimo domingo do Tempo Comum, Jesus nos ensina o valor da humildade para rezarmos – e vivermos – bem (cf. Lc 18,9-14). Peçamos, assim, ao Senhor que nos dê sua graça para nos conhecermos e nos acolhermos na verdade.

Partindo de uma tradução alternativa, o primeiro versículo do evangelho desta liturgia nos dá elementos importantes para nossa reflexão: “àqueles que estavam interiormente Fariseu e Publicanoconvencidos de serem justos e que desprezavam os outros, [Jesus] contou também esta parábola” (Lc 18,9). Vemos, então, que se trata de algo que se tem no coração e que provoca dois movimentos distintos: a aprovação de si mesmo e o desprezo dos demais.

Note-se, porém, que é algo interior: a verdadeira humildade se vive sobretudo diante de Deus. Porque todas as nossas boas ações podem se corromper com a vanglória. Mas, diante do Senhor, quem pode se esconder? Que loucura não seria a presunção de ser justo por si mesmo diante daquele que nos justifica? Enfim, confessar a nossa insuficiência e nossa absoluta dependência da Graça divina é assumir, diante de Deus, nossa verdade, o que realmente somos.

Por isso, a consequência desse dar-se conta de quem somos é também duplo: o abandono à Misericórdia do Pai e a acolhida dos irmãos. Pois, estando conscientes da necessidade que temos da Graça, nos resta apenas entregarmo-nos confiantemente e sem reservas ao Senhor: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!”, rezava o publicano que voltou para casa justificado (Lc 18,13). Além disso, sabendo do nosso nada, estamos de coração aberto para acolher os irmãos como são. Pois, como poderíamos desprezar os outros quando estes se revelam também em seu nada?

Que a Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, nos ensine, a cada dia, a nos colocarmos diante do Senhor com sincera humildade. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem gloriosa e bendita. Amém!

EM HORAS DETERMINADAS CONCENTREMOS O ESPÍRITO PARA ORAR

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Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo.

Desejemos sempre a vida feliz que vem do Senhor Deus e assim oraremos sempre. Todavia por causa de cuidados e interesses outros, que de certo modo arrefecem o desejo, concentramos em horas determinadas o espírito para orar. As palavras da oração nos ajudam a manter a atenção naquilo que desejamos, para não acontecer que, tendo Cruz e Ícone JMJcomeçado a arrefecer, não se esfrie completamente e se extinga de todo, se não for reacendido com mais frequência.

Por isso as palavras do Apóstolo: Sejam vossos pedidos conhecidos junto de Deus (Fl 4,6) não devem ser entendidas no sentido de que Deus os conheça, ele que na realidade já os conhece antes de existirem, mas em nosso favor sejam conhecidos junto de Deus por sua tolerância, não junto dos homens por sua jactância.

Sendo assim, se se tem o tempo de orar longamente, sem que sejam prejudicadas as outras ações boas e necessárias, isto não é mau nem inútil, embora, como disse, também nelas sempre se deva orar pelo desejo. Também orar por muito tempo não é o mesmo que orar com muitas palavras, como pensam alguns. Uma coisa é a palavra em excesso, outra a constância do afeto. Pois do próprio Senhor se escreveu que passava noites em oração e que orava demoradamente; e nisto, o que fazia a não ser dar-nos o exemplo, ele que no tempo é o intercessor oportuno e, com o Pai, aquele que eternamente nos atende.

Conta-se que os monges no Egito fazem frequentes orações, mas brevíssimas, à maneira de tiros súbitos, para que a intenção, aplicada com toda a vigilância e tão necessária ao orante, não venha a dissipar-se e afrouxar pela excessiva demora. Ensinam ao mesmo tempo com clareza que, se a atenção não consegue permanecer desperta, não deve ser enfraquecida, e se permanecer desperta, não deve ser logo cortada.

Não haja, pois, na oração muitas palavras, mas não falte muita súplica, se a intenção continuar ardente. Porque falar demais ao orar é tratar de coisa necessária com palavras supérfluas. Porém rogar muito é, com frequente e piedoso clamor do coração, bater à porta daquele a quem imploramos. Nesta questão, trata-se mais de gemidos do que de palavras, mais de chorar do que de falar. Porque ele põe nossas lágrimas diante de si (Sl 55,9),e nosso gemido não passa despercebido (cf. Sl 37,9 Vulg.) àquele que tudo criou pela Palavra e não precisa das palavras humanas.

VIGÉSIMO NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM (P. Lucas, scj)

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Caros irmãos, neste vigésimo nono domingo do Tempo Comum, Jesus nos exorta à oração perseverante (cf. Lc 17,5-10). Peçamos, assim, ao Senhor que nos sustente com sua graça. Não esqueçamos de manter em nossa oração a intenção pelo Sínodo dos Bispos que acontece em Roma, para que este apresente ao Santo Padre proposições que o ajudem a levar a alegria do evangelho aos povos dos diversos países que compõem aquela região.

Na liturgia, é o próprio evangelista nos dá a chave de leitura para nossa oração que a parábola da viúva e do juiz injusto foi contada por Jesus para mostrar aos discípulos a Viúva e juiz.jpgnecessidade de rezar sempre e nunca desistir (cf. Lc 18,1). Ou seja, a mensagem central do evangelho deste domingo é: precisamos rezar sempre e sempre e nunca desanimar. Porém, atenção: na parábola, tomamos o lugar da viúva que insiste perseverantemente no pedido ainda quando não recebe a devida atenção. Mas Deus não é comparável ao juiz iníquo. Pelo contrário, Ele é o Pai das misericórdias que nos conhece, ama de maneira extraordinária, nos acolhe e jamais nos abandona.

Assim sendo, por que, então, tantas vezes não somos atendidos da maneira que esperávamos ser? As respostas poderiam ser muitas. Contudo, consola-me o fato de saber que o Pai quer e realiza nosso bem ainda que, para tanto, seja necessário nos contrariar. E, então, ficam claros os motivos pelos quais devemos rezar sempre: porque dependemos dele em tudo, até para entrarmos em oração. Em outras palavras, sem o Espírito Santo não somos capazes nem de buscar a presença de Deus. Sem a sua graça ou não encontramos tempo ou falamos às paredes em nossa distração. Mas, se Ele nos socorre, somos capacitados a buscá-lo e a nos colocar na presença do Senhor – e isso é oração.

Que a Bem-aventurada Virgem Maria, nossa mãe, interceda por nós a fim de que, a cada dia, busquemos constantemente e cada vez mais estar na presença e fazer a vontade de nosso Pai que está nos céus. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem gloriosa e bendita. Amém!

O SENHOR ACOMPANHA SEUS PREGADORES

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Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa.

Nosso Senhor e Salvador, caríssimos irmãos, ora por palavras, ora por fatos nos adverte. Com efeito, até mesmo suas ações são preceitos, porque, ao fazer alguma coisa em silêncio, dá-nos a conhecer aquilo que devemos realizar. Eis que envia dois a dois seus discípulos a pregar, já que são dois os preceitos da caridade, o amor de Deus e do próximo.

O Senhor envia a pregar os discípulos dois a dois, indicando-nos com isso, sem palavras, San Lucaque quem não tem caridade para como próximo de modo algum deverá receber o ofício da pregação.

Muito bem se diz que os enviou diante de sua face a toda cidade e local aonde ele iria(Lc 10,1). O Senhor vai atrás de seus pregadores, porque a pregação vai à frente e depois chega o Senhor à morada de nosso espírito, quando as palavras de exortação o precedem e, por elas, o espírito acolhe a verdade. Por este motivo Isaías fala a esses pregadores: Preparai o caminho do Senhor, aplanai as veredas de nosso Deus (Is 40,3). E o Salmista: Abri caminho para aquele que sobe do ocaso (Sl 67,5 Vulg.). Sobe do ocaso o Senhor porque onde morreu na paixão, ali mesmo, ao ressurgir, manifestou sua maior glória. Sobe do ocaso, porque a morte que aceitou, resurgindo, calcou-a aos pés. Portanto abrimos caminho ao que sobe do ocaso, quando nós vos pregamos sua glória para que, vindo ele próprio depois, vos ilumine com a presença de seu amor.

Ouçamos o que ele diz quando envia pregadores: A messe é grande, são poucos os operários. Rogai, pois, ao Senhor da messe que envie operários a seu campo (Mt 9,37-38). Para grande messe, poucos operários, coisa que não sem imensa tristeza podemos repetir; pois embora haja quem escute as palavras boas, falta quem as diga. Eis que o mundo está cheio de sacerdotes, todavia, raramente se vê um operário na messe de Deus; porque aceitamos, sim, o ofício sacerdotal, mas não cumprimos o dever do ofício.

Mas pensai, irmãos caríssimos, pensai no que foi dito: Rogai ao Senhor da messe que envie operários a seu campo. Pedi vós por nós, para que possamos fazer coisas dignas de vós; que a língua não se entorpeça por não querer exortar; tendo recebido o encargo de pregar, não vá nosso silêncio condenar-nos diante do justo Juiz.

XXVIII Domingo do Tempo Comum

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HOMILIA DO SANTO PADRE, PAPA FRANCISCO

Eucaristia no XXVIII Domingo do Tempo Comum com canonizações

 

«A tua fé te salvou» (Lc 17, 19). É o ponto de chegada do Evangelho de hoje, que nos mostra o caminho da fé. Neste percurso de fé, vemos três etapas, vincadas pelos leprosos curados, que invocam, caminham e agradecem.

Primeiro, invocar. Os leprosos encontravam-se numa condição terrível não só pela doença em si, ainda hoje difusa e devendo ser combatida com todos os esforços possíveis, mas pela exclusão social. No tempo de Jesus, eram considerados impuros e, como tais, deviam estar isolados, separados (cf. Lv 13, 46). De facto, quando vão ter com Jesus, vemos que «se mantêm à distância» (Lc 17, 12). Embora a sua condição os coloque de lado, todavia diz o Evangelho que invocam Jesus «gritando» (17, 13) em voz alta. Não se deixam paralisar pelas exclusões dos homens e gritam a Deus, que não exclui ninguém. Assim se reduzem as distâncias, e a pessoa sai da solidão: não se fechando em autolamentações, nem olhando aos juízos dos outros, mas invocando o Senhor, porque o Senhor ouve o grito de quem está abandonado.

Também nós – todos nós – necessitamos de cura, como aqueles leprosos. Precisamos de ser curados da pouca confiança em nós mesmos, na vida, no futuro; curados de muitos medos; dos vícios de que somos escravos; de tantos fechamentos, dependências e apegos: ao jogo, ao dinheiro, à televisão, ao celular, à opinião dos outros. O Senhor liberta e cura o coração, se O invocarmos, se lhe dissermos: «Senhor, eu creio que me podeis curar; curai-me dos meus fechamentos, livrai-me do mal e do medo, Jesus». No Evangelho de Lucas, os primeiros a invocar o nome de Jesus são os leprosos. Depois fá-lo-ão também um cego e um dos ladrões na cruz: pessoas carentes invocam o nome de Jesus, que significa Deus salva. De modo direto e espontâneo chamam Deus pelo seu nome. Chamar pelo nome é sinal de confidência, e o Senhor gosta disso. A fé cresce assim, com a invocação confiante, levando a Jesus aquilo que somos, com franqueza, sem esconder as nossas misérias. Invoquemos diariamente, com confiança, o nome de Jesus: Deus salva. Repitamo-lo: é rezar, dizer “Jesus” é rezar. A oração é a porta da fé, a oração é o remédio do coração.

A segunda palavra é caminhar. É a segunda etapa. Neste breve Evangelho de hoje, aparece uma dezena de verbos de movimento. Mas o mais impressionante é sobretudo o facto de os leprosos serem curados, não quando estão diante de Jesus, mas depois enquanto caminham, como diz o Evangelho: «Enquanto iam a caminho, ficaram purificados» (17, 14). São curados enquanto vão para Jerusalém, isto é, palmilhando uma estrada a subir. É no caminho da vida que a pessoa é purificada, um caminho frequentemente a subir, porque leva para o alto. A fé requer um caminho, uma saída; faz milagres, se sairmos das nossas cómodas certezas, se deixarmos os nossos portos serenos, os nossos ninhos confortáveis. A fé aumenta com o dom, e cresce com o risco. A fé atua, quando avançamos equipados com a confiança em Deus. A fé abre caminho através de passos humildes e concretos, como humildes e concretos foram o caminho dos leprosos e o banho de Naaman no rio Jordão, (cf. 2 Re 5, 14-17). O mesmo se passa conosco: avançamos na fé com o amor humilde e concreto, com a paciência diária, invocando Jesus e prosseguindo para diante.

Outro aspeto interessante no caminho dos leprosos é que se movem juntos. Refere o Evangelho, sempre no plural, que «iam a caminho» e «ficaram purificados» (Lc 17, 14): a fé é também caminhar juntos, jamais sozinhos. Mas, uma vez curados, nove continuam pela sua estrada e apenas um regressa para agradecer. E Jesus desabafa a sua mágoa Sta Dulceassim: «Onde estão os outros nove?» (17, 17). Quase parece perguntar pelos outros nove, ao único que voltou. É verdade! Constitui tarefa nossa – de nós que estamos aqui a «fazer Eucaristia», isto é, a agradecer –, constitui nossa tarefa ocuparmo-nos de quem deixou de caminhar, de quem se extraviou: somos guardiões dos irmãos distantes, todos nós! Somos intercessores por eles, somos responsáveis por eles, isto é, chamados a responder por eles, a tê-los a peito. Queres crescer na fé? Tu, que está aqui hoje, queres crescer na fé? Ocupa-te dum irmão distante, duma irmã distante.

Invocar, caminhar e… agradecer: esta é a última etapa. Só àquele que agradece é que Jesus diz: «A tua fé te salvou» (17, 19). Não se encontra apenas curado; também está salvo. Isto diz-nos que o ponto de chegada não é a saúde, não é o estar bem, mas o encontro com Jesus. A salvação não é beber um copo de água para estar em forma; mas é ir à fonte, que é Jesus. Só Ele livra do mal e cura o coração; só o encontro com Ele é que salva, torna plena e bela a vida. Quando se encontra Jesus, brota espontaneamente o «obrigado», porque se descobre a coisa mais importante da vida: não o receber uma graça nem o resolver um problema, mas abraçar o Senhor da vida. E esta é a coisa mais importante da vida: abraçar o Senhor da vida.

É encantador ver como aquele homem curado, que era um samaritano, manifesta a alegria com todo o seu ser: louva a Deus em voz alta, prostra-se, agradece (cf. 17, 15-16). O ponto culminante do caminho de fé é viver dando graças. Podemos perguntar-nos: Nós, que temos fé, vivemos os dias como um peso a suportar ou como um louvor a oferecer? Ficamos centrados em nós mesmos à espera de pedir a próxima graça, ou encontramos a nossa alegria em dar graças? Quando agradecemos, o Pai deixa-Se comover e derrama sobre nós o Espírito Santo. Agradecer não é questão de cortesia, de etiqueta, mas questão de fé. Um coração que agradece, permanece jovem. Dizer «obrigado, Senhor», ao acordar, durante o dia, antes de deitar, é antídoto ao envelhecimento do coração, porque o coração envelhece e se habitua mal. E o mesmo se diga em família, entre os esposos: lembrem-se de dizer obrigado. Obrigado é a palavra mais simples e benfazeja.

Invocar, caminhar, agradecer. Hoje, agradecemos ao Senhor pelos novos Santos, que caminharam na fé e agora invocamos como intercessores. Três deles são freiras e mostram-nos que a vida religiosa é um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo. Ao passo que Santa Margarida Bays era uma costureira e revela-nos quão poderosa é a oração simples, a suportação com paciência, a doação silenciosa: através destas coisas, o Senhor fez reviver nela, na sua humildade, o esplendor da Páscoa. Da santidade do dia a dia, fala o Santo Cardeal Newman quando diz: «O cristão possui uma paz profunda, silenciosa, oculta, que o mundo não vê. (…) O cristão é alegre, calmo, bom, amável, educado, simples, modesto; não tem pretensões, (…) o seu comportamento está tão longe da ostentação e do requinte que facilmente se pode, à primeira vista, tomá-lo por uma pessoa comum» (Parochial and Plain Sermons, V, 5). Peçamos para ser, assim, «luzes gentis» no meio das trevas do mundo. Jesus, «ficai connosco e começaremos a brilhar como brilhais Vós, a brilhar de tal modo que sejamos uma luz para os outros» (Meditations on Christian Doctrine, VII, 3). Amém.

 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-10/papa-francisco-missa-canonizacao-irma-dulce-homilia.html

VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM (P. Lucas, scj)

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Caros irmãos, Jesus nos chama à fé confiante no evangelho deste vigésimo sétimo domingo do Tempo Comum (cf. Lc 17,5-10). Peçamos o auxílio do Divino Espírito Santo para vivermos como bons servos do Senhor. De modo particular nesses dias, ofereçamos nossas orações pelo Sínodo dos Bispos que acontece em Roma.

Depois de ser interpelado pelos seus apóstolos, o Senhor responde dizendo: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria” (Lc 17,6). Provavelmente, a oração dos apóstolos caberia também em nossa boca: “Aumenta a nossa fé!” (Lc 17,5), pois não é difícil que, nos momentos de dificuldade, nos sintamos sem base firme para Grão de mostardacontinuar nosso caminho. Tal prece, em si, não é má. Podemos rezá-la diariamente, como muitos fazem diante da Eucaristia a cada Missa. Porém, precisaremos ainda estar dispostos a ouvir a resposta de Jesus, porque ela nos indica o sinal de que nossa fé está se desenvolvendo – a nossa amoreira começa a ter suas raízes arrancadas da terra.

Pois seguindo nossa tendência para o mal fixamos nosso coração onde ele não deveria estar. Assim, a mudança de vida (conversão) passa por este processo de desenraizamento a fim de que nosso ser seja firmado onde se encontram as verdadeiras alegrias. E isso se dá por um processo de fé, ou seja, de acreditar – de fato – na bondade daquele que nos indica o melhor modo de viver. Em outras palavras: se nos colocamos verdadeiramente debaixo da autoridade do Senhor, fazendo-nos seus servos, confiando que aquilo que ele nos pede é para o nosso bem, pouco a pouco (porque é difícil tirar uma árvore do chão com raiz e tudo), começaremos a nos mover em outra direção – começaremos a saborear uma vida nova.

Que a Bem-aventurada Virgem Maria, nossa mãe, modelo de fé e fidelidade a Deus, interceda por nós e nos faça bons servos e filhos do Senhor do Universo. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem gloriosa e bendita. Amém!